Candidatos eleitos para o diaconato permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte participam de retiro.

Entre os dias 27 e 29 de outubro, os candidatos eleitos para a ordenação diaconal e as respectivas esposas participaram do retiro preparatório. O momento de espiritualidade foi realizado na Casa de Retiros Recanto Monsenhor Domingos, aos pés da Serra da Piedade, em Caeté-MG. Foi um fim de semana de muita oração e espírito de confraternização.

O diácono Márcio Honório e sua esposa, Cristina Pena, conduziram as reflexões. Ele exerce a presidência da Comissão Regional dos Diáconos e Esposas do Leste 2 da CNBB (CRDE Leste 2) e a vice-coordenação do Conselho Arquidiocesano para o Diaconato Permanente na Arquidiocese de Belo Horizonte (Cadipe), e ela atua como conselheira do Cadipe. Também estiveram presentes o diácono Noraldino Caetano e Simone Lisboa, sua esposa, coordenador e conselheira do Cadipe. A Eucaristia, presidida pelo padre Samuel Fidelis, marcou o encerramento do encontro.

Ao todo, a Arquidiocese de Belo Horizonte ganhará 14 diáconos permanentes que servirão nas mais diversas realidades missionárias, sobretudo em vilas e favelas, e em pastorais sociais. A ordenação está marcada para 25 de novembro, sábado, às 9h30, na Catedral Cristo Rei. O endereço é Rua Campo Verde, 165 – Bairro Juliana, Região Norte da capital mineira.

Pascom Diaconal BH

Arquidiocese de Belo Horizonte Institui 16 Candidatos ao Diaconato permanente nos Ministérios Leitorato e Acolitado

No último domingo, 30 de julho de 2023, a Família Diaconal da Arquidiocese de Belo Horizonte celebrou um dia de imensa alegria. Em uma cerimônia presidida por Dom Nivaldo dos Santos Ferreira, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e referência para o diaconato permanente, 16 vocacionados ao diaconato permanente foram instituídos ao ministério de Leitorato e Acolitato.

No mesmo evento, 43 mulheres, esposas de Diáconos e de vocacionados, foram investidas para os ministérios extraordinário da Palavra, Sagrada Comunhão e Celebração das Exéquias. A solenidade aconteceu na Catedral Metropolitana Cristo Rei.

Essa marcante cerimônia reforça a importância do diaconato permanente e sua contribuição essencial para o enriquecimento da fé e dos serviços da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Que Nossa Senhora da Piedade acompanhe e interceda com carinho pelo chamado e missão de cada um desses servidores dedicados da igreja. O compromisso e a dedicação dessas pessoas são fundamentais para fortalecer a fé e serviços para a comunidade.

CADIPE, Escola Diaconal São Lourenço, CADE.

Dez Anos do Diaconato Uma década a serviço do povo de Deus na Arquidiocese de BH

Nossa querida arquidiocese de Belo Horizonte, completou em 2021 seu centenário, com muitos motivos para celebrar. Na riqueza dos motivos a serem celebrados, destacamos a presença do diaconato permanente em nossa arquidiocese há uma década.

1a Ordenação

Desde 2011, com a ordenação dos sete primeiros diáconos permanentes, a caminhada do diaconato permanente escreve sua história na evangelização nas comunidades e paróquias que compõem nossa arquidiocese. Dentre os ministérios ordenados que existem, desde as primeiras comunidades cristãs, o diácono sempre cumpriu um importante papel na vida eclesial. Encarnando a dimensão do serviço e a figura do Cristo Servo, o diácono vive sua vocação a partir dessa dimensão própria de seu ministério. Apesar de, por vários fatores, no ocidente a figura estável do diácono ter desaparecido por quase mil anos, o Concilio Vaticano II resgatou e restabeleceu o diaconato permanente, inclusive para homens casados, como grau próprio, dentre os ministérios ordenados, além do Presbítero e do Bispo. A luz das necessidades pastorais da Igreja particular de Belo Horizonte, o diaconato foi trilhando um percurso bonito, constituindo um corpo diaconal vivo e atuante, atento aos desafios colocados para a fé cristã neste milênio. Sua estruturação foi tomando novos caminhos abertos ao que o magistério da Igreja acenava como caminhos nos quais o cristão devia seguir. Inicialmente organizado a partir de suas instancias arquidiocesanas, foi aos poucos descobrindo novas formas de se aproximar da realidade eclesial presente em nossa arquidiocese. Atualmente, existem quatro estruturas que organizam a vida, a formação e o trabalho pastoral dos diáconos na Arquidiocese de BH. Temos a CADE, que é a Comissão Arquidiocesana de Diáconos e Esposas, que congrega e representa os diáconos ordenados e esposas; o CADIPE, que é Conselho Arquidiocesano para o Diaconato Permanente que articula a dimensão formativa dos vocacionados, futuros diáconos; a Escola Diaconal São Lourenço que cuida da formação teológica; e as Diaconias Forâneas, que são as comunidades de vivencia diaconal, que também assumem parte da formação diaconal e todo trabalho de evangelização.

Diaconia – Catedral Cristo Rei

As diaconias já são um fruto maduro dessa caminhada, considerando as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja do Brasil, indicando o caminho das pequenas comunidades missionárias, como um modelo de vivencia eclesial que promove a proximidade dos diáconos com suas realidades e espaço de aprendizado, convivência, oração e de troca de experiências. Hoje são quase quarenta diaconias presentes no território da Arquidiocese, mostrando sua capilaridade e vitalidade, mesmo em tempos desafiadores, como na pandemia. Também louvável e em sintonia, com as diretrizes da Igreja, se deu uma bonita participação e protagonismo das esposas dos diáconos e dos vocacionados à frente dos vários trabalhos e missões do diaconato permanente na Arquidiocese. Como nos ensina o Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós Sinodal “Querida Amazonia” (nº 99-100), que ressalta a necessidade de envolver e encontrar caminhos para que possamos na Igreja ter uma participação das mulheres, que enriquece e completa a vivência do evangelho em nossas comunidades. Em nossa Arquidiocese essa participação já acontece, tendo no diaconato permanente, espaço para atuação e presença das esposas nas suas instancias de decisão.

Já são mais de uma centena de diáconos, presentes em vários âmbitos das pastorais, desde a presença em organismos em nível arquidiocesano, regionais e forâneos, nos condomínios, edifícios, conjuntos, e até a presença nas periferias, em especial nas vilas, favelas e aglomerados. Completamos uma década desta caminhada diaconal, com a maturidade de ter um rosto diaconal sendo claramente delineado nas ações de várias pastorais, como na pastoral da esperança, pastoral hospitalar, pastoral do menor, pastoral familiar, pastoral de rua e outras tantas presenças em todas as pastorais sociais. Também exercem uma belíssima evangelização na diversidade das realidades que estão abarcadas em nossa Arquidiocese. Na zona rural a presença mais que necessária da Igreja se dá muitas das vezes pelo trabalho conjunto de tantos agentes de pastoral leigos e diáconos que juntos realizam um bonito trabalho nas comunidades, como no Vale do Paraopeba, na região de Brumadinho, lugares onde o serviço aos que sofrem são tão importantes e necessários.

Temos construído na caminhada do diaconato permanente, uma pastoral da comunicação, genuinamente diaconal com produção de conteúdo, que trata da família diaconal e sua ação pastoral, seja da atuação dos diáconos e suas esposas, e também dos vocacionados e esposas que juntos realizam a comunicação, por meio de mais de 30 canais de mídias sociais (do Facebook ao Youtube). Já dispomos de website, de uma rádio na Web “Logos” e temos um quadro chamado “diaconia” apresentado quinzenalmente na TV Horizonte, retratando as diaconias exercidas nos vários âmbitos de atuação. Inovamos a formação diaconal com uma atenção especial ao acompanhamento pastoral, introduzindo o estágio pastoral em todas as etapas formativas, incorporando ferramentas tecnológicas como uma plataforma de gestão do acompanhamento pastoral.

A própria nomenclatura e forma como víamos o diaconato foi evoluindo e se ampliando, de diacônio formado apenas por diáconos, ministros ordenados, passamos a reconhecer e sermos conhecidos como corpo diaconal formado por diáconos, esposas e vocacionados. Posteriormente passamos a reconhecer a Família Diaconal formada por diáconos, esposas, vocacionados, nossos filhos e pais. Hoje falamos de diaconias que envolvem além de toda a família diaconal, todos os agentes de pastoral e evangelizadores que em conjunto com os diáconos e esposas formam uma grande força e frente de evangelização.

Tudo isso, visando dar a missão diaconal uma identidade própria e também reforçando a dimensão da sinodalidade, uma urgência na vida eclesial, como nos exorta o Papa Francisco. Por estes motivos, louvamos a Deus a graça do diaconato na Arquidiocese de BH, lembrando de todos os que contribuíram nesta caminhada: bispos, padres, diáconos, esposas, leigos e leigas, e todo o povo de Deus. Nestes dez anos de caminhada, estamos trilhando um caminho que nos leva a refletir o dom do serviço na Igreja, com humildade e disponibilidade, junto aos pobres, nos vários ambientes e servindo a todos.

Agosto de 2021 – mês vocacional

Centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte – Dez anos do Diaconato Permanente

Prof. Diác. Normando Martins Leite Filho, esposo de Maria Aparecida de Lima Martins Leite

Diácono Permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte

Professor Universitário, Filósofo e Teólogo

Mestre em Educação Tecnológica