Arquidiocese de Diamantina inicia formação de candidatos ao Diaconato Permanente

No último fim de semana, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2024, a Arquidiocese de Diamantina promoveu um retiro destinado aos candidatos ao Diaconato Permanente. O encontro foi conduzido pelo Arcebispo Dom Darci José Nicioli. Treze candidatos, acompanhados por suas esposas, participaram dessa jornada de reflexão e preparação para o serviço religioso.

Evento contou com a presença e contribuição do Diácono Alan Venâncio e sua esposa, Fabiana, representantes da Arquidiocese de Belo Horizonte, além do Diácono Valdivino e sua esposa, Daura, da própria Arquidiocese de Diamantina. Eles compartilharam suas experiências familiares, destacando a importância do valor da família na vida do diácono.
Dom Darci expressou sua alegria e a importância deste projeto para a Arquidiocese, ressaltando a vasta extensão territorial e os desafios únicos que ela apresenta. Ele enfatizou que o diaconato contribuirá significativamente para o serviço religioso.
Contribuíram com o encontro o Padre Alam, que faz parte da comissão para o diaconato permanente, e os seminaristas William e Darlan.
Que São Lourenço interceda por estes candidatos, suas esposas e toda a equipe de formação!

Diác. Alan Venâncio

Diáconos representam a Igreja Católica em fórum inter-religioso da OAB-MG

A Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais (OAB-MG), promoveu o Fórum Inter-religioso no dia 2 de dezembro, na sede da OAB, em Belo Horizonte-MG. O evento contou com a colaboração de entidades que, com base em suas respectivas tradições religiosas, contribuem para o desenvolvimento sociopolítico do País. Entre os participantes estiveram os diáconos permanentes Argemiro Ferro e Amauri Dias, ambos da Arquidiocese de Belo Horizonte.

A convite da presidente da Comissão, dr.ª Isabela Cristine Dario, o diác. Argemiro partilhou sobre o papel social e ético da Igreja Católica para a busca da paz entre as comunidades. “No Evangelho de Marcos, o próprio Cristo nos chama à unidade, sem preconceitos, sem fazer acepção de pessoas”, disse.

Em sua fala, ele destacou a importância do Magistério Social da Igreja: “A Doutrina Social da Igreja Católica se fundamenta na compreensão de que a Igreja se faz morada de Deus com os homens e mulheres, e de que ela é, na humanidade e no mundo, a plenitude de seu amor”, declarou.

O diác. Argemiro também recordou a Encíclica “Fratelli tutti”, publicada pelo Papa Francisco em 2020. “Para nos ajudar e nos encontrar mutuamente, precisamos dialogar, com um diálogo paciente e fraterno. Não existe desenvolvimento de um povo e de uma nação sem um diálogo construtivo e pacífico”, declarou.

Candidatos eleitos para o diaconato permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte participam de retiro.

Entre os dias 27 e 29 de outubro, os candidatos eleitos para a ordenação diaconal e as respectivas esposas participaram do retiro preparatório. O momento de espiritualidade foi realizado na Casa de Retiros Recanto Monsenhor Domingos, aos pés da Serra da Piedade, em Caeté-MG. Foi um fim de semana de muita oração e espírito de confraternização.

O diácono Márcio Honório e sua esposa, Cristina Pena, conduziram as reflexões. Ele exerce a presidência da Comissão Regional dos Diáconos e Esposas do Leste 2 da CNBB (CRDE Leste 2) e a vice-coordenação do Conselho Arquidiocesano para o Diaconato Permanente na Arquidiocese de Belo Horizonte (Cadipe), e ela atua como conselheira do Cadipe. Também estiveram presentes o diácono Noraldino Caetano e Simone Lisboa, sua esposa, coordenador e conselheira do Cadipe. A Eucaristia, presidida pelo padre Samuel Fidelis, marcou o encerramento do encontro.

Ao todo, a Arquidiocese de Belo Horizonte ganhará 14 diáconos permanentes que servirão nas mais diversas realidades missionárias, sobretudo em vilas e favelas, e em pastorais sociais. A ordenação está marcada para 25 de novembro, sábado, às 9h30, na Catedral Cristo Rei. O endereço é Rua Campo Verde, 165 – Bairro Juliana, Região Norte da capital mineira.

Pascom Diaconal BH

Arquidiocese de Belo Horizonte Institui 16 Candidatos ao Diaconato permanente nos Ministérios Leitorato e Acolitado

No último domingo, 30 de julho de 2023, a Família Diaconal da Arquidiocese de Belo Horizonte celebrou um dia de imensa alegria. Em uma cerimônia presidida por Dom Nivaldo dos Santos Ferreira, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e referência para o diaconato permanente, 16 vocacionados ao diaconato permanente foram instituídos ao ministério de Leitorato e Acolitato.

No mesmo evento, 43 mulheres, esposas de Diáconos e de vocacionados, foram investidas para os ministérios extraordinário da Palavra, Sagrada Comunhão e Celebração das Exéquias. A solenidade aconteceu na Catedral Metropolitana Cristo Rei.

Essa marcante cerimônia reforça a importância do diaconato permanente e sua contribuição essencial para o enriquecimento da fé e dos serviços da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Que Nossa Senhora da Piedade acompanhe e interceda com carinho pelo chamado e missão de cada um desses servidores dedicados da igreja. O compromisso e a dedicação dessas pessoas são fundamentais para fortalecer a fé e serviços para a comunidade.

CADIPE, Escola Diaconal São Lourenço, CADE.

Diaconato da Arquidiocese de Montes Claros Realiza Retiro

Foi realizado entre os dias 16 e 18 de setembro o retiro da CAD da Arquidiocese de Montes Claros, onde padre Raimundo Donato realizou a pregação.

JESUS: O ORANTE DO PAI QUE NO ENSINA A REZAR (Lc 11,2-4)

                                                    “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

No atual contexto de pós-modernidade, de crise de todas as instituições, de fragmentações, de fundamentalismos, de violência crescente, de correria, de estresse, muita gente está buscando um oásis de paz em experiências de oração, em grupos de louvores etc. “A oração é tudo”, dizem uns. “O importante é ser solidário e lutar por justiça”, dizem outros. Diante desse quadro, faz bem refletir, pois certos tipos de oração reforçam processos de alienação e de fuga do mundo.

Orar, sim, humaniza, mas não qualquer tipo de oração. A questão essencial não é orar ou não orar, mas que tipo de oração praticar. No Retiro que aconteceu de  16 – 18 de setembro , na casa de Nazaré,  propomos aos Diáconos e esposas a rezar com a ajuda da Leitura orante da Bíblia. Os textos utilizados foram as 7 vezes que Jesus reza no Evangelho de Lucas (escolha dos Doze, Marta e Maria, Pai-Nosso e etc).

O Evangelho de Lucas revela um Jesus orante, que cultiva a intimidade com o Pai pela oração. Jesus se prepara, por meio da oração, para um encontro face a face, olho a olho, com o Pai, com os outros e consigo mesmo. Uma oração libertadora mergulha-nos no mais profundo da nossa subjetividade, lá onde as palavras se calam e a voz de Deus se faz ouvir como apelo e desafio.

O autor do evangelho de Lucas dá uma importância muito grande à comunicação com Deus, de modo efetivo e afetivo. A apresentação de Jesus orante é de suma importância para o discípulo, porque uma das atitudes fundamentais do seguimento de Jesus é precisamente a contínua comunicação com Deus, mistério de amor que nos envolve.

Jesus reza nos momentos mais importantes da sua vida. Por isso optamos por ajudar os Diáconos Permanentes e esposas da Arquidiocese de Montes Claros a meditar sobre os momentos em que Jesus entra na intimidade com o Pai e mergulha no mistério de Deus que é o Grande Silêncio da Criação.

Espero ter ajudado os Diáconos a experimentarem Deus em suas vidas e ministérios e poderem servir mais a Deus na nossa amada Arquidiocese de Montes Claros.

 Em Cristo.

Pe. Raimundo Donato

Arcebispo de Belo Horizonte nomeia Casal para Coordenação do Diaconato Permanente

No dia 1 de junho de 2022 foi nomeado oficialmente pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, o primeiro casal coordenador da Comissão Arquidiocesana de Diáconos e Esposas (CADE): Diác. Flávio Coelho Guimarães, e esposa, sra. Marisa Lara Guimarães.

Responsáveis pela Família Diaconal (diáconos, esposas, vocacionados) com a presente nomeação se tem oficialmente eleita a primeira mulher (esposa) como coordenadora da Comissão de Diáconos e Esposas.
O presente ato é inédito no Brasil e talvez em toda a Igreja Católica Universal.
Com a nomeação da primeira mulher (esposa) coordenadora da Comissão de Diáconos e Esposas se reconhece, seguindo os passos do Papa Francisco e da sinodalidade, a valorização da mulher em cargo de suma importância na Igreja e à frente de um ministério ordenado.
Na Arquidiocese de Belo Horizonte, as esposas participam do Conselho Particular do arcebispo, onde promovem a análise dos vocacionados ao diaconato permanente, o escrutínio dos que serão ordenados, com direito a voz e votos que são rigorosamente levados em consideração e importância.
Também são responsáveis e coordenam os encontros vocacionais, passando pelas esposas o primeiro contato e orientação aos vocacionados ao diaconato permanente.
São as esposas grandes protagonistas do chamado diaconal familiar, sendo elas linha de frente no trabalho de evangelização, celebração da Palavra, exéquias, partilha da Palavra nas casas, visita aos doentes, hospitais e aconselhamentos.
Não se pode mais falar em vocação diaconal sem reconhecer o papel protagonista da esposa, e que este chamado passa também por elas e por seu sim em primeiro lugar, sendo na verdade uma vocação familiar.

Arquidiocese de BH ganha 20 diáconos em novembro

No sábado (27/11/2021), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, ordenou mais seis diáconos para a Igreja. Ao todo, 20 diáconos, divididos em três turmas, começam a exercer o ministério em novembro.

Em fevereiro deste ano, outros sete diáconos já haviam recebido a ordem, dentro das celebrações do centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte. Agora, 120 diáconos estão a serviço da evangelização nas mais diversas diaconias ambientais da forania na qual residem, bem como nas vilas, favelas, aglomerados, condomínios, edifícios, conjuntos habitacionais, cemitérios, escolas, hospitais, presídios, pastorais sociais em âmbito forâneo.

A formação dos futuros diáconos ocorre em pequenos grupos, denominados “diaconias”, compostos por diáconos, esposas e vocacionados. A organização se dá por foranias, sendo que nas foranias que abrangem mais de um município os grupos são subdivididos em municípios dentro da mesma forania. Atualmente, estão no caminho formativo 137 vocacionados, sendo 61 na etapa do propedêutico, 58 cursando Teologia e 18 na etapa tirocínio (estágio pastoral).

Continuemos a orar pelas vocações, para que a Igreja chegue a todos os lugares e pessoas que precisam.

São Lourenço, intercedei por nós!

Alan Venâncio ENAC – CND

Belo Horizonte: 21 candidatos ao diaconato são admitidos como leitores e acólitos

No sábado, 25 de setembro, foi celebrada a instituição dos ministérios de acolitado e leitorado de 21 candidatos ao diaconato permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte. A liturgia foi realizada na Catedral Cristo Rei e presidida por Dom Nivaldo do Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e referencial do diaconato permanente.

Os candidatos foram aprovados pelo Cadipe (Conselho Arquidiocesano para o Diaconato Permanente) e seus nomes homologados pelo arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo. A ordenação diaconal já está agendada para os dias 13, 20 e 27 de novembro próximo. A cada celebração, a Igreja ganha sete diáconos.

A celebração foi transmitida pelo canal do Youtube do diaconato permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte. As ordenações de novembro também poderão ser assistidas ao vivo.

Alan Venâncio – Pascom Diaconal

Arquidiocese de Montes Claros Realiza Retiro Espiritural do Diáconos Permanentes

Nos dias 17, 18 e 19 de setembro de 2021, foi realizado o retiro anual dos Diáconos Permanentes, da Arquidiocese de Montes Claros. O retiro aconteceu na Casa de Nazaré.
Neste ano, padre Fernando Andrade, pároco da Catedral Metropolitana de Montes Claros, conduziu as reflexões, sob o tema: “A história de um servo do Senhor”.
O encontro contou com a participação de trinta diáconos permanentes e foi prestigiado com a presença de Dom João Justino Medeiros Silva, Arcebispo de Montes Claros que conduziu a oração da manhã no sábado.
Ao final, todos os participantes saíram renovados para escreverem uma nova história como servos do Senhor.

Na Festa do Diácono São Lourenço, uma breve reflexão sobre a diaconia

Em 10 de agosto, a Igreja festeja o diácono São Lourenço, padroeiro dos diáconos. As diaconias (serviços) ajudam a aproximar o Evangelho de muitas realidades e podem ser uma resposta aos desafios da evangelização neste Terceiro Milênio. É preciso, contudo, tomar alguns cuidados para manter-se de pé no caminho.

A Igreja celebra, em 10 de agosto, a Festa do diácono São Lourenço, mártir. O nome do padroeiro dos diáconos remete-se a “laureado”, àquele que recebeu uma “coroa de louros”, geralmente colocada na cabeça de imperadores, grandes personalidades, atletas vitoriosos. Esse grande santo fez jus ao nome, pode-se dizer.

Os relatos de sua paixão foram registrados cerca de um século depois do martírio, ocorrido em 258. Hoje muitos dos dados são considerados lendários, mas alguns merecem fé, pois ficaram marcados no coração do povo desde tempos remotos. Um deles é o amor do arcediago por Roma, lugar pelo qual rezou antes ser assassinado. Por esse motivo, há muitas igrejas dedicadas ao mártir na Cidade Eterna. Foi, inclusive, o primeiro santo a dar título a igrejas fora do local do martírio.

Outro aspecto guardado com apreço pelos fiéis foi a dedicação do jovem ministro aos muitos necessitados. Ao lado de Inocêncio (ou Vicente), Genaro, Magno, Estêvão, Felicíssimo e Agapito, todos assassinados com Sisto II, em 7 de agosto daquele ano, o espanhol Lourenço era um dos diáconos que auxiliavam o Papa. Sua missão era a de administrar as obras de caridade e cuidar da esmolaria, cargo existente até hoje.

O arcediago não via seu apostolado como mero assistencialismo. Ele sabia muito bem quem causava as injustiças, tinha um olhar de alguém atento a seu contexto. Isso se mostra em sua ironia ao imperador Valeriano, o qual desejava para si os tesouros da Igreja: “Eis aqui os nossos tesouros, e eles não diminuem, e podem ser encontrados em toda parte!”, disse enquanto mostrava ao governante os pobres da Urbe. Segundo a tradição, ele morreu sobre brasas, mas hoje se crê que o santo tenha sido decapitado, como ocorreu a seus irmãos de ministério.

O testemunho do diácono Lourenço certamente tocou muitos cidadãos de Roma. Nem mesmo a perseguição feroz do Império freou o crescimento do número de seguidores de Jesus e a fama do mártir. Entre essas pessoas, havia homens e mulheres nobres, altos funcionários, militares e pessoas simples do povo. “Nós multiplicamos quando você nos colhe. O sangue dos cristãos é semente”, dissera Tertuliano poucas décadas antes.

Luzeiros para o ministério

Na Igreja, além de Jesus e Maria, dois outros luzeiros balizam o exercício do ministério diaconal. A tradição de Jerusalém mostra diácono Santo Estêvão, um dos sete primeiros diáconos escolhidos pelos apóstolos. Ele era célebre pela sabedoria, conhecimento da Palavra e tido como o primeiro mártir da Igreja, conforme atestam os capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos.

A comunidade de Roma, por sua vez, indica diácono São Lourenço, jovem servo de Cristo, na dedicação aos mais necessitados, ao sucessor de Pedro e à administração dos bens da Igreja. A vida e o martírio de ambos resumem a missão dos diáconos ainda hoje, exercida nas chamadas diaconias.

Diaconias: ser discípulo e ir ao encontro

Os diáconos, palavra de origem grega, significa servidores, cuidam das chamadas “diaconias” (serviços, ministérios). Estas nem sempre se limitam a fronteiras territoriais, diferentemente de missões como as exercidas em paróquias e muitas capelanias. Por atenderem, com certo desembaraço, às demandas onde quer que estejam, as diaconias podem ser uma providencial resposta às necessidades da Igreja deste Terceiro Milênio. Isso se vê, por exemplo, na emblemática Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, na qual o Papa Francisco convoca a “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG, 20). O Documento de Aparecida recorda aos diáconos as “fronteiras geográficas e culturais aonde não chega a ação evangelizadora da Igreja” (DAp, 205).

Nesse sentido, diferentes diaconias são exercidas (melhor: vividas) conforme as prioridades de cada (arqui)diocese. Umas focam mais nas vilas e favelas; outras, nas áreas rurais; outras, nas pastorais sociais, no acompanhamento de encarcerados, de enfermos, de famílias enlutadas, de irmãos e irmãs em situação de rua. Felizmente, a lista é enorme, mas continua sendo necessário insistir na súplica ao Senhor da Messe que envie mais operários para a lida. Apesar de o diaconato ser um dos mais prósperos ministérios na Igreja, o número de famílias diaconais ainda está longe do ideal.

Uma característica das diaconias, no sentido mais formal, é elas terem a presença do diácono e sua família, mas não se limitarem a estes. As ações contam com a indispensável presença de homens e mulheres que exercem sobretudo sua vocação de batizados, de discípulos-missionários, independentemente de sua condição eclesial. Muitas vezes, o ordenado cumpre a missão de ser o animador, o orientador espiritual e o formador de lideranças e agentes. É um “fermento na massa” (cf. Lc 13,20-21).

Para exercer bem uma diaconia, é importante que todos, sobretudo numa fraternidade diaconal (diáconos, vocacionados, formadores e respectivas esposas), tenham o coração aberto e o olhar vivaz para os mais diversos cenários sociais, culturais e pastorais. Verdadeiros ministros ou ministras têm consciência da amplitude da Igreja, com suas diferentes formas de manifestar e viver a fé. Sabem que há vários ritos, carismas, metodologias, abordagens mil para um mesmo problema e é preciso ter gosto pelo diálogo respeitoso com pessoas de todas as esferas sociais, inclusive não crentes. Só há vantagens e muito crescimento quando se é dócil ao subversivo Espírito que sopra aonde bem entende (cf. Jo 3,8a).

Nunca é demais lembrar: um cristão de espírito diaconal gosta do ser humano, a obra preciosa da Criação. Dessa forma, procura identificar o Sagrado no próximo (mesmo no “ficha suja”, no “lado B”), e não têm como método o discriminar pessoas. Assim, um membro de uma família diaconal é, sim, “do pessoal dos direitos humanos”, tanto em favor de santos quanto de pecadores, estes a quem Jesus veio chamar primeiro (Lc 5,32). “Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de anunciá-lo, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas ‘por atração’” (EG, 14).

Quem gosta de gente não ignora também a Casa Comum. Não apenas um membro da família diaconal, mas todo batizado, batizada não pode ficar indiferente ao saber de uma floresta em chamas, desajustes no clima, poluição do ar e das águas, agressões à fauna, à flora e aos defensores do planeta. “Tudo está interligado”, afirma Francisco na Encíclica Laudato si’. Cuidar da natureza é cuidar do ser humano e vice-versa, e fazer isso é um magnífico louvor a Deus.

Por fim e, claro, sem querer esgotar o tema, uma diaconia precisa recordar-se sempre do óbvio. Conforme afirmou algumas vezes o Papa, a Igreja não é uma ONG, mas uma realidade mais ampla. Se os servidores se preocupam com o ser humano, a natureza, se questionam as injustiças deste mundo e colaboram para o progresso é porque seguem os passos de Jesus, agem como o Senhor agiu e agiria. Isso exige a atitude constante de um discípulo, colocar-se aos pés do Mestre, o Deus Conosco. Sem a oração, a escuta atenta da Palavra e do magistério, sem o cultivo do silêncio libertador, tudo pode tornar-se cansativo, pode-se cair pelo caminho e o ministério virar uma mera corporação em busca de eficiência e resultados. Querer aprender com o Senhor é escolher a principal parte para, somente depois, servir (cf. Lc 10,41-42).

Possa o testemunho do glorioso mártir diácono São Lourenço, e também de muitos outros diáconos, servidores e servidoras anônimos, inspirar a caminhada dos batizados. Que Maria, a diaconisa-mor da Igreja, acompanhe e proteja toda a família diaconal.

Diác. Alessandro Faleiro Marques, e esposa,  Tânia Cecília Cardoso de Oliveira  Marques

10 de agosto de 2021 – Festa do Diácono São Lourenço, mártir

Centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte – 10 anos do Diaconato Permanente