Ordenado a primeira turma de Diáconos Permanentes da Diocese de Patos de Minas

No último sábado, 26 de outubro de 2024, a Diocese de Patos de Minas vivenciou um momento histórico e de grande alegria para. O Bispo Diocesano, Dom Frei Cláudio Nori Sturm presidiu a cerimônia de ordenação da primeira turma de Diáconos Permanentes da Escola Diaconal Santo Estêvão, da Diocese. Após mais de cinco anos de preparação, 15 novos diáconos foram ordenados, marcando um importante passo na caminhada da Igreja local. Foram ordenados: Adilson Pinheiro da Mota, Ailton Camargos, Ailton José Alves, Antonio Gonçalves, Célio Moreira da Fonseca, Denis Álvaro Cruz, Fabiano Maranho, Fábio José dos Reis, Jarbas de Sousa Silva, José Antônio Rodrigues, José Marcelo Leite, José Nilson Ribeiro, Kenio Ferreira da Silveira, Luiz Carlos Vieira da Silva, Maurilo Rodrigues Camargos.

A celebração, ocorreu na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, reuniu grande parte do clero diocesano, familiares, amigos, membros da comunidade, e diáconos das dioceses de Uberlândia, Ituiutaba, Anápolis. Dom Frei Cláudio em sua homilia agradeceu a Pe Nílson diretor e Vigário Episcopal da Escola Diaconal, e a todos os formadores, pela dedicação com que conduziram o processo formativo dos novos diáconos. Dom Frei Cláudio fez uma profunda reflexão, convidando todos a entender o verdadeiro significado do Diaconato Permanente na Igreja, ressaltando a importância deste Ministério na vida da Igreja e na sociedade. Pontuou sobre o papel do diácono como servidor, destacando sua missão de amor, compromisso e serviço à comunidade. Com uma visão clara e inspiradora, ele nos lembra que o diaconato vai além de uma função; é um chamado a viver o Evangelho de maneira concreta e transformadora.

Os diáconos Horácio Nelson Tavares e Sílvio Vilela, Presidente e Tesoureiro, da Comissão Regional dos Diáconos Leste 2, estiveram presentes e representaram a CRD Leste 2.

A Escola Diaconal da Diocese de Patos de Minas, conta ainda com uma segunda turma que está no terceiro ano de preparação. Que Santo Estevão interceda pelos novos diáconos e suas famílias.

Analogia entre a graça e direito canônico oriundos do Sagrado Coração de Jesus a partir da Encíclica Dilexit nos e da Teologia do Direito.

A teologia da graça nos inspira a percebê-la como movimento gratuito e incondicional de Deus até suas criaturas. Pensar em meritocracia em relação à graça, é abrir possibilidade de quaisquer tipos de contrato com Deus, e limitaria sobremaneira a ação salvadora e redentora de Jesus Cristo na Cruz.

Para tanto, basta trazer em questão a doutrina a respeito dos sacramentos, que por definição são sinais visíveis, da graça invisível. Os sinais são ícones que impulsionam aos que com ele convivem, a serem encaminhados para o verdadeiro efeito, Deus.

A administração dos sacramentos se dá através da Igreja, não por mérito, mas pela graça latente do “coração”.

Na Encíclica Dilexit nos, o Papa Francisco faz lembrar no parágrafo 13:

“É necessário que todas as ações sejam colocadas sob o “controle político” do coração, que a agressividade e os desejos obsessivos sejam acalmados no bem maior que o coração lhes oferece e na força que ele tem contra os males; que a inteligência e a vontade sejam também postas ao seu serviço, sentindo e saboreando as verdades em vez de as querer dominar, como algumas ciências tendem a fazer; que a vontade deseje o bem maior que o coração conhece, e que a imaginação e os sentimentos se deixem também moderar pelo bater do coração.” PAPA FRANCISCO – Dilexit nos – 2024, ou seja, é fundamental que voltemos nosso olhar ao coração chagado de Jesus Cristo, do qual jorrou sangue e água e fez nascer a Igreja, que deve ser ligada ao próprio Cristo como fonte da verdade, que permite a kenosis (esvaziamento) de cada um que estiver disposto a abrir mão dos próprios desejos e vontades e compreender a forma com que o Evangelho propõe as relações”.

Parece latente do texto o desejo do Sumo Pontífice, que se perceba o “coração” como a fonte do amor e do movimento criacional e salvífico de Deus, haja vista, o enfoque dado tanto filosófico quanto teológico e antropológico, dele(coração), como lugar que transcende a biologia e razão puramente vital. É a partir do Coração de Jesus que brota a graça, que é distribuída na economia da salvação, não porque merecemos, mas porque o próprio Deus se aproximou do rebanho e assim permitiu intimidade e relação como é claro, no parágrafo 17 da encíclica:

Ao mesmo tempo, o coração torna possível qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não é construída com o coração não pode ultrapassar a fragmentação do individualismo. Restariam apenas duas mónadas que se justapõem, mas não se ligam verdadeiramente. Uma sociedade cada vez mais dominada pelo narcisismo e pela autorreferencialidade é uma sociedade “anti-coração”. E, por fim, chega-se à “perda do desejo”, porque o outro desaparece do horizonte e nos fechamos no nosso egoísmo, sem capacidade para relações saudáveis. Como resultado, tornamo-nos incapazes de acolher Deus. Como diria Heidegger, para receber o divino é preciso construir uma casa de hóspedes”.

Alimenta e sustenta a confiança em Deus, perceber sua Igreja a partir das instruções do Sumo Pontífice, motivada a ressaltar a forma com que Deus se revelou e propôs as relações.

Para tanto, o Papa faz lembrar no parágrafo 23 que quaisquer pessoas que se dignarem voltar seu olhar a Deus e se relacionar com Ele, necessariamente chegará ao Amor, como decisão e não como mero sentimentalismo, a partir da Boa Nova de Jesus Cristo, Deus amou e optou por todas as criaturas e do seu coração verteu todo bem e toda esperança de alcançar o seu Reino.

É através da história de cada uma das criaturas que se dispuserem a refletir sobre si, a partir da ação de Deus, que a teofania acontece e tanto a Palavra, quanto o apostolado e o magistério se tornam vivos, no sentido de atualizar o movimento do próprio Deus em direção a cada um dos seus filhos.

Quando alguém reflete, procura ou medita sobre o próprio ser e a sua identidade, ou analisa questões mais elevadas; quando pensa no sentido da própria vida e até mesmo procura a Deus, e ainda quando sente o gosto de ter vislumbrado algo da verdade; todas estas reflexões exigem que se encontre o seu ponto culminante no amor. Amando, a pessoa sente que sabe porquê e para que vive. Assim, tudo converge para um estado de conexão e de harmonia. Por isso, diante do próprio mistério pessoal, talvez a pergunta mais decisiva que se possa fazer seja esta: tenho coração?

Em relação à Teologia do Direito, Javier Hervada trata em seu artigo, LAS RAICES SACRAMENTALES DEL DERECHO CANONICO , do Direito Canônico enquanto matéria nascida da própria economia da graça, se os sacramentos são sinais visíveis, distribuídos pela Igreja, apesar de não dependerem do mérito do ministro, o Corpo de Cristo é instrumento unitário das disciplinas relativas a graça, para descrever a Teologia do Direito a partir desta analogia, Hervada descreve:

“O Corpo de Cristo nos aparece como o instrumento unitário, com sete ações salvíficas, por meio das quais a graça capital de Cristo é comunicada por meio de seu Corpo aos homens. Os sete sacramentos são os sete bicos de uma única fonte, que é a Igreja como instrumento da graça capital de Cristo. O elemento visível da Igreja é sinal e instrumento de salvação. É um signo, porque sua função é tornar presente e manifestar o elemento interno; objetivamente, a Igreja visível é o Povo e a instituição por meio da qual Cristo continua presente e se manifesta aos homens. E é um instrumento porque Cristo age – de maneiras diferentes de acordo com os diferentes tipos de ações – através da Igreja, particularmente através dos sacramentos. Ora, dada a economia sacramental, a união a Cristo e a vida em Cristo passam pela Eucaristia. Ela é, portanto, o centro e o ápice da vida e do desenvolvimento da Igreja. E este, com tudo o que isso implica, é o fim próprio e específico da Igreja; todo o resto são pressuposições e derivações. Se observarmos que a lei é uma ordenação para o bem comum, pode-se dizer que a ordenação própria do direito canônico é a proclamação da Palavra e a administração dos sacramentos. É através deste prisma que tudo, desde o apostolado pessoal dos fiéis até a ação punitiva da Igreja, deve ser contemplado.”

A proposta deste artigo, é trazer à partilha, com a motivação do documento Dilexit nos e dos escritos de Hervada, a natureza das disciplinas teológicas como transbordo de misericórdia e amor do Sagrado Coração de Jesus. É analogia perfeitamente possível, perceber que apesar do caráter jurídico do Direito Canônico, seu objetivo último é a salvação de todas as almas (Cân. 1752 – CIC). Até uma pena oriunda de um delito cometido, no âmbito da justiça eclesiástica, deve ser tratada como possibilidade de arrependimento do delinquente.

É comum nos diversos ambientes teológicos e eclesiásticos, o Direito Canônico ser tratado como matéria de defesa dos clérigos, como forma de proteção da Igreja a si própria e, portanto, haver diminuição intuitiva e ideológica da natureza e gênese da matéria jurídica a partir de Jesus Cristo.

Se pode concluir, fazendo memória de São Tomás de Aquino, quando nas reflexões sobre o livre arbítrio, destina autonomia aos fiéis, (“Além do necessário, a lei da graça é a liberdade e a regulação desses campos de liberdade pertence à autonomia dos fiéis ou, conforme o caso, ao poder do prelado”) São Tomás de Aquino, no sentido de perceber que a justiça e o direito transbordam igualmente do coração de Jesus, e que para os afastados de dignidade, pobres de espírito, é que a ação salvífica de Cristo faz sentido.

Convertidos, todos os fiéis precisam assumir para si a urgência pela santidade e o código moral ao qual Jesus anunciou e submeteu sua Boa Nova, afinal de contas, o próprio Evangelho, é normativo; e nasce do lado aberto e do coração chagado de Nosso Senhor Jesus Cristo.

DIÁCONO Rodrigo Pereira da Costa

Diocese de Uberlãndia

NOTA OFICIAL COMISSÃO REGIONAL DOS DIACONOS – LESTE 2 NOTA OFICIAL

Exmo. e Revmo.

Dom Frei Cláudio Nori Sturm, OFMCap

BISPO DA DIOCESE DE PATOS DE MINAS

Graça e Paz!

Estimado Dom Cláudio Nori Sturm, a Comissão Regional dos Diáconos (CRD/LESTE 2) e toda família diaconal de nossa Regional, se une ao senhor, ao seu clero e ao Povo de Deus da Diocese de Patos de Minas, para louvar e agradecer a Deus, por ocasião da ordenação de 15 novos diáconos permanentes. Sendo a primeira turma da Escola Diaconal Santo Estêvão dessa Diocese. Aos irmãos que receberão a Sagrada Ordem do Diaconado, nossos rogos ao Pai para que tenham um ministério abençoado.

O diácono tem como modelo por excelência Cristo Servo, que viveu totalmente a serviço de Deus para o bem dos homens. Assim inspirado por Cristo o diácono se coloca a serviço de Deus, da Igreja e dos irmãos. Sua diaconia é vivida como consequência do seguimento de Jesus, na humildade, na obediência, disponibilidade, entrega, nas dores e alegrias. Apoiado na tríplice missão da Palavra, Caridade e Altar.

Que São Loureço, diácono e mártir interceda e ilumine o ministério dos novos diáconos permanentes da Diocese de Patos de Minas, que sejam autênticos discípulos missionários e peregrinos de esperança.

Queremos manifestar os nossos agradecimentos pelo que o senhor tem feito a favor do crescimento do Diaconado Permanente na porção do Povo de Deus confiada ao seu pastoreio.

Em comunhão,

Diácono Horácio Nelson Tavares

Presidente da Comissão Regional dos Diáconos Leste 2 – CRD/LESTE 2.

Uberlândia, 25 de Outubro de 2024.

Arquidiocese de Juiz de Fora – MG realizam o Retiro Canônico e elege nova Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes

Os Diáconos Permanentes de Juiz de Fora – MG realizaram nos dias 18, 19 e 20 de outubro nas dependências do CEFLÃ – JF o retiro anual Canônico e a eleição para a escolha dos novos coordenadores, secretários e tesoureiros arquidiocesano.

Todos os diáconos concorreram às funções propostas. Desta forma todos os diáconos permanentes da Arquidiocese de juiz de Fora ficaram como eleitores e elegíveis.

O retiro contou com a presença do Reverendíssimo Padre Rômulo Gomes de Oliveira, com o tema: “O serviço eucarístico como desenvolvimento espiritual“.

Foram momentos de muita espiritualidade e convivência fraterna entre todos.

Foram eleitos:

Presidente: Diácono. João Roberto da Silva;

Vice-Presidente: Diácono. André Luiz Pereira Machado;

Secretário: Diácono. Antônio Valentino da Silva Neto;

2º Secretário: Diácono. Álvaro Shwenck Spindula;

Tesoureiro: Diácono. Jorge Luis Lopes dos Santos;

2º Tesoureiro: Diácono. Admilson Renato da Silva;

Relações Pública: Diácono.  Manoel Espedito da Cunha.

* Colaboração: diácono João Roberto da Silva, Presidente CAD.

Diáconos e Esposas da diocese Itabira/Coronel Fabriciano Realizaram Retiro Canônico

Os Diáconos Permanentes da Itabira/Coronel Fabriciano (MG) e suas respectivas esposas, realizaram o Retiro Espiritual Anual Canônico nos dias 18 e 19 de outubro de 2024. O encontro realizou-se na casa de retiro Recanto das Mangueiras em Coronel Fabriciano.

O retiro contou com assessoria virtual do Padre Pedro Morais, da arquidiocese de São Paulo e membro da comunidade Aliança de Misericórdia. Doutor em Teologia, Mestre em Teologia Sistemática e Professor na PUC-SP, o assessor contribuiu com reflexões que ajudam no exercício do ministério diaconal nas dimensões da família e eclesial.

Foram momentos de muita espiritualidade e convivência fraterna entre os diáconos e suas esposas.

Que São Lourenço interceda pelo ministério diaconal de cada um dos diáconos que estão inseridos em diversos serviços pastorais na diocese Itabira/Coronel Fabriciano.

* Colaboração: diácono Flávio Pena, CRD Leste 2

Diocese de Itabira/Cel. Fabriciano elege nova Comissão Diocesana e Regional dos Diáconos Permanentes

No 06 de outubro iniciou-se de forma eletrônica a eleição para a escolha dos novos coordenadores, secretários e tesoureiros diocesano e regionais da diocese Itabira/Cel. Fabriciano. A coleta dos votos foi finalizada no dia 08 de outubro. Todos os diáconos concorreram às funções propostas. Desta forma todos os diáconos permanentes da diocese Itabira Coronel/Fabriciano ficaram como eleitores e elegíveis.

Foram eleitos a nível diocesano:

Coordenador: Jairo Pereira Lage

Vice coordenador: Albio Souza Júnior

Secretário: Flávio Pena Pereira

2º Secretário: Bruno Luiz de Souza

Tesoureiro: Geraldo Luciano Lima

2º Tesoureiro: Luciano dos Santos Rodrigues

Foram eleitos a nível regional:

ELEIÇÕES REGIONAL I

Coordenador: Maurílio Hamilton Serafim

Vice coordenador: Júlio Maria Abílio Ferreira

Secretário: Glemerson Pereira de Souza

2º Secretário: Paulo Martins Barcelos

ELEIÇÕES REGIONAL II

Coordenador: Geraldo Magela de Souza Carvalho

Vice coordenador: Marcone José da Silva Guedes

Secretário: João Paulo de Oliveira

2º Secretário: Eduardo Gomes Roberto

ELEIÇÕES REGIONAL III

Coordenador: Elias Pereira da Silva

Vice coordenador: João Carlos Medeiros

Secretário: Reginaldo Caetano Amorim

2º Secretário: Richard Nixon Vieira Simões

Louvemos a Deus pela nova comissão que assumirá no biênio 2025/2026 para que exerçam as funções a cada um confiadas inspiradas no Bom Pastor que se coloca a serviço do povo de Deus.

ORDENAÇÃO DIACONAL DIOCESE DE PATOS DE MINAS

A Diocese de Patos de Minas, tem a satisfação de convidar para a solene Celebração Eucarística na qual pela imposição das mãos e oração consecratória será ordenado a primeira turma da Escola Diaconal Santo Estêvão. A Celebração será no dia 26 de outubro, sábado, às 09h, na Igreja do Rosário, em Patos de Minas. A celebração será presidida pelo Bispo Diocesano Dom Cláudio Nori Sturm.

Atualmente a Diocese de Patos de Minas conta com o Diácono Policarpo Rodrigues Filho, com uso de ordens diaconais na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Perdizes/MG. Policarpo foi ordenado em 08 de novembro de 1981, na Arquidiocese de Terezina/PI.

Serão ordenados 15 novos diáconos para o bem da Igreja Particular de Patos de Minas e para o bem do povo. O início do processo formativo se deu no ano de 2019 com o propedêutico.

 A Escola Diaconal Santo Estêvão tem segunda turma iniciada em 2022, e com previsão de término, se tudo correr bem, em 2026.

Existe uma grande expectativa com a chegada dos novos diáconos. Dom Cláudio está empolgado, assim como o clero e o povo!!

ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA DÁ INÍCIO A ESCOLA DIACONAL

MISSA DE ABERTURA DA ESCOLA DIACONAL.

Hoje neste dia 11/08/2024, dia dos Pais, na Catedral Santo Antônio em Diamantina, com a missa Presidida pelo Arcebispo Dom Darcy, com a presença dos Quinze candidatos ao diaconato Permanente e seus familiares, deu- se, início da Escola Diaconal Arquidiocesana.
O patrono da Escola Diaconal será S. Francisco de Assis, diácono e mestre da pobreza evangélica.
Santo Antônio, São Francisco e São Lourenço intercedam pela nossa Igreja Arquidiocesana, para que não nos faltem paixão e compromisso no serviço à causa do Evangelho.

Juncti Valemus!

  • Darci José Nicioli, CSsR
    Arcebispo de Diamantina.

Retiro Espiritual Diáconos Permanentes da Arquidiocese Montes Claros

Aconteceu no último sábado (dia 26 de setembro), nas dependências da Comunidade Esdras, em Montes Claros/MG, o retiro espiritual com um grupo dos diáconos permanentes da Arquidiocese. Neste ano, em razão da pandemia, os diáconos fizeram o retiro sem a participação de suas respectivas esposas, em foram divididos em 2 grupos. O segundo grupo fará o retiro no dia 10 de outubro.

Desta vez um total de 16 diáconos participaram do retiro, que teve a orientação do Pe. Gledson Eduardo de Miranda Assis, Pároco da Paróquia Mãe Rainha e formador no Seminário Maior. O retiro versou sobre a temática “O diácono como servidor nas e das comunidades eclesiais missionárias” e fundamentou-se sobre 3 pilares fundamentais: a Palavra, os pobres e o serviço. As reflexões e partilhas deixaram-se iluminar pela obra do diácono italiano Enzo Petrolino sobre o diaconato no pensamento do Papa Francisco, publicado pelas Edições CNBB.
Na parte da manhã, após o café, houve uma leitura orante de At 8,26-40, com a qual refletiu-se sobre o aspecto da Palavra, podendo ainda pensar na Diaconia da pregação e a prioridade do Evangelho, recordando a ordenação diaconal. Em todos os momentos houve momentos para a partilha da oração. Ainda refletiu-se sobre e questão da pessoa do pobre e sua pertinência com o ministério da Palavra.
Na parte da tarde continuou-se refletindo sobre as interpelações que a realidade do pobre traz ao ministério diaconal. A seguir, passou-se a meditar sobre o serviço diaconal, entendendo como o ministério diaconal fez de cada uma mais servidor na vida de sua comunidade. O retiro encerrou-se com a Celebração da Santa Missa e um jantar de confraternização.

O Papa: políticos busquem o bem das populações e não do seu partido

Na Missa esta segunda-feira (20/04) na Casa Santa Marta, no Vaticano, Francisco rezou a fim de que os políticos dos vários países, neste tempo caracterizado pela pandemia, coloquem em prática a sua vocação, que é uma forma de caridade. Na homilia, recordou que o cristão não somente dever observar os mandamentos, mas deve deixar-se conduzir com docilidade pelo Espírito Santo, que nos guia aonde não sabemos: isso é renascer do alto, é entrar na liberdade do Espírito

VATICAN NEWS

Após a Missa de ontem, por ocasião do Domingo da Divina Misericórdia, na Igreja do Espírito Santo em Sassia (nas proximidades da Praça São Pedro), hoje, segunda-feira (20/04) da II Semana da Páscoa, Francisco retomou as celebrações matutinas na Casa Santa Marta. Na introdução, dirigiu seu pensamento a quem é engajado na política:

Rezemos hoje pelos homens e mulheres que têm vocação política: a política é uma forma alta de caridade. Pelos partidos políticos nos vários países, a fim de que neste momento de pandemia busquem juntos o bem do país e não o bem do seu partido.Ouça e compartilhe

Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 3,1-8) em que Jesus diz a Nicodemos, um fariseu, que foi ter com Ele, de noite, que se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus. Nem todos os fariseus eram maus – afirmou o Papa – e Nicodemos era um fariseu justo que sentia uma inquietude e buscava o Senhor. Nicodemos não sabe como dar este salto: nascer do Espírito, porque o Espírito é imprevisível. Quem se deixa guiar pelo Espírito é uma pessoa dócil e livre. O cristão não somente deve observar os mandamentos, mas deve deixar-se conduzir pelo Espírito, aonde o Espírito quer: deve deixar entrar nele o Espírito que nos guia aonde não sabemos. O cristão jamais deve limitar-se ao cumprimento dos mandamentos, mas deve ir além, entrando na liberdade do Espírito. O Papa comentou também a passagem dos Atos dos Apóstolos (At 4,23-31) em que, após a libertação de Pedro e João, os discípulos de Jesus elevam juntos uma oração a Deus a fim de que sejam capazes de proclamar com toda franqueza a sua Palavra diante das dificuldades e das ameaças: esta coragem é fruto do Espírito, disse Francisco, acrescentando que se renasce do alto com a oração. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Este homem, Nicodemos, é um chefe dos judeus, um homem digno de crédito; sentiu a necessidade de ir ter com Jesus. Foi à noite, porque devia fazer um certo equilíbrio, porque aqueles que iam falar com Jesus não eram bem visto. É um fariseu justo, porque nem todos os fariseus são maus: não, não; havia também fariseus justos. Este é um fariseu justo. Sentiu a inquietude, porque é um homem que tinha lido os profetas e sabia que isso que Jesus fazia tinha sido anunciado pelos profetas. Sentiu a inquietude e foi falar com Jesus: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus”: é uma confissão, até um certo ponto. “De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. Detém-se diante do “assim sendo”. Se eu digo isso… assim sendo… e Jesus respondeu. Respondeu misticamente, como ele, Nicodemos, não esperava. Respondeu com aquela figura do nascimento: se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus. E ele, Nicodemos, fica confuso, não entende e pega ad litteram (ao pé da letra, literalmente) aquela resposta de Jesus: mas como é que alguém pode nascer, se é adulto, se já é velho? Nascer do alto, nascer do Espírito. É o salto que a confissão de Nicodemos deve fazer e ele não sabe como fazê-lo. Porque o Espírito é imprevisível. A definição do Espírito que Jesus dá aqui é interessante: “O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”, ou seja, é livre. Uma pessoa que se deixa conduzir de um lado para outro pelo Espírito Santo: essa é a liberdade do Espírito. E quem faz isso é uma pessoa dócil e aqui se fala da docilidade do Espírito.

Uma passagem da homilia do Papa Francisco

Ser cristão não é somente cumprir os Mandamentos: devem ser cumpridos, isso é verdade, mas se você se detém aí, você não é um bom cristão. Ser um bom cristão é deixar que o Espírito Santo entre em você e o carregue, leve-o aonde Ele quer. Em nossa vida cristã muitas vezes nos detemos como Nicodemos, diante do “assim sendo”, não sabemos qual passo posso dar, não sabemos como fazê-lo ou não temos a confiança em Deus para dar esse passo e deixar o Espírito entrar. Nascer novamente é deixar que o Espírito entre em nós e que seja o Espírito a conduzir-me e não eu, e aí, livre, com essa liberdade do Espírito em que você jamais saberá onde vai parar.

Os apóstolos, que estavam no cenáculo, quando vem o Espírito saíram a pregar com aquela coragem, aquela franqueza… não sabiam que isso aconteceria; e o fizeram, porque o Espírito os guiava. O cristão jamais deve deter-se ao cumprimento dos Mandamentos: sim, deve cumpri-los, mas ir além, rumo a esse novo nascimento que é o nascimento no Espírito, que lhe dá a liberdade do Espírito.

Foi o que aconteceu a esta comunidade cristã da primeira Leitura, depois que João e Pedro voltaram daquele interrogatório que tiveram com os sacerdotes. Eles foram para junto de seus irmãos, nesta comunidade, e contaram tudo o que os sumos sacerdotes e os anciãos lhes haviam dito. E a comunidade, ao ouvir o relato, todos juntos, se assustaram um pouco. E o que fizeram? Rezar. Não se limitaram a medidas prudenciais, “não, agora façamos isso, estejamos um pouco mais tranquilos…”: não. Rezar. Que fosse o Espírito a dizer-lhes o que deveriam fazer. Elevaram suas vozes a Deus dizendo: “Senhor!”, e rezam. Essa bonita oração de um momento sombrio, de um momento em que devem tomar decisões e não sabem o que fazer. Querem nascer do Espírito, abrem o coração ao Espírito: que seja Ele a dizê-lo… e pedem: “Senhor, Herodes, Pôncio Pilatos uniram-se com as nações e os povos de Israel contra o teu Santo Espírito e Jesus”, contam a história e dizem: “Senhor, faze alguma coisa!” “Agora, Senhor, olha as ameaças”, as do grupo dos sacerdotes, e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua Palavra” – pedem a franqueza, a coragem, a não ter medo, “Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo Jesus. Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus”. Deu-se um segundo Pentecostes, aí.

Diante das dificuldades, diante de uma porta fechada, em que eles não sabiam como seguir adiante, dirigem-se ao Senhor, abrem o coração e vem o Espírito e lhes dá aquilo de que precisam e saem para pregar, com coragem, e adiante. Isso é nascer do Espírito, isso é não deter-se no “assim sendo”, no “assim sendo” das coisas que sempre fiz, no “assim sendo” do pós Mandamentos, no “assim sendo” após os costumes religiosos: não! Isso é nascer novamente. E como alguém se prepara para nascer novamente? Com a oração. A oração é quem nos abre a porta ao Espírito e nos dá essa liberdade, essa franqueza, essa coragem do Espírito Santo. Que jamais saberá aonde levará você. Mas é o Espírito.

Que o Senhor nos ajude a ser sempre abertos ao Espírito, porque será Ele a nos levar adiante em nossa vida de serviço ao Senhor.

O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:

Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no seu nada na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, a inefável Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece; à espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Amo-vos. Assim seja.

Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada a antífona mariana “Regina caeli”, cantada no tempo pascal:

Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!

Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!

Ressuscitou como disse. Aleluia!

Rogai por nós a Deus. Aleluia!

D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia!

C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!